segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Je ne t'aime plus. Adieu.


Às vezes,

tenho a sensação de que tudo que existe

se desfaz a partir do momento

que sua descrição sai da tinta da minha caneta

ou do teclado do meu computador

Seriam tais coisas descritas tão frágeis assim?!

Ou será que é a maldição destinada àqueles que

insistem em se aventurar na arte destinada aos mestres?!?!

Ou será que meu processo de mutação

é mais rápido que minhas idéias?!

Humm...mas não sou eu que mudo

são as pessoas a minha volta, as idéias, os objetos, os sentimentos, as atitudes, o comportamento

eu apenas me adapto

eu já mudei, já briguei para mudar...

tantas e tantas vezes, que cansei

e resolvi me adaptar

mas a adaptação está me cansando

e quero gritar

e toda a realidade que achei que existisse

se revela como uma teia de ilusões

em que a adaptação me jogou

mas me pergunto: se um dia houve tal realidade pra mim,

mesmo que fosse uma ilusão,

ela não teria realmente existido, nem que fosse por um breve momento?

pensamento válido, mas minha visão reta o confronta

como pode algo existir apenas para mim e por um momento,

ser considerado realidade?

apenas sei que cansei da fragilidade das idéias, dos sentimentos ou das pessoas

que são facilmente descartadas e substituídas

minhas atitudes afobadas me revelaram o que não estava certo

e agora que sei, volto a mudar

mas admito que preferia a ilusão da adaptação.

Negócios Inacabados

Antes de mais nada, "obrigada" mãe e "obrigada" calor insuportável por mais esse momento de insônia!!!
Aliás que não sei se posso chamar de insônia...afinal, estou com sono mas não consigo dormir!!!
E como se não bastasse o calor ou o barulho que minha mãe faz aqui no quarto, pouco se importando com minha (já) quarta noite seguida sem dormir direito, pensamentos explodem em minha mente, todos desorganizados, não me deixando aproveitar ao menos um silêncio mental.
Já que é assim, levanta, liga o computador e tenta escrever alguma coisa.
Mas como escrever algo se minha mente está uma zona?!?!
Já que não tenho um tema definido, vou tentar fazer um balanço de 2007...afinal, é dia 31 de dezembro, e daqui a pouco começa toda aquela festa, como se, num passe de mágica, ao dar meia-noite, todos seus problemas fossem resolvidos ou esquecidos, e você teria a chance de começar uma coisa nova....uhhhh!!!! Me pergunto por que as pessoas não têm a capacidade de transferir toda essa energia pra 17 de março, por exemplo, ou outra data aleatória qualquer.
Bom, pelo menos os comerciantes e a "indústria" do turismo (mais uma vez: uhhhhh....grande merda esse turismo explorador de bosta) lucram com todo esse exoterismo do ano novo.
Enfim, desculpa o texto amargo e seco, mas no momento, não tenho nenhum motivo pra ser fofa ou doce.
É engraçado como toda minha euforia e alegria em relação a 2007 se diluiram agora no final do ano. Mais uma vez, culpa das minhas análises (quem manda não dormir?!?!)
Só agora percebo que 2007 não foi um ano novo pra mim...foi uma continuação de 2006, que por sua vez carregou todo o estigma de 2005 (e esse sim foi um ano novo)!
Enfim, para falar do meu 2007, tenho que voltar até 2005.
Nesse ano, vivi algumas das maiores mudanças que alguém poderia viver de uma só vez. Um ano extremamente movimentado, cheio de novidades, do jeito que eu gosto. Uma boa parte do que sou hoje se deve aos acontecimentos dessa época!!!
Óbvio que todos esses novos fatos tiveram suas conseqüências boas e ruins...e foi justamente a parte ruim que se fez presente em 2006. Disseram que 2008 vai ser o ano de marte, mas se eu vivi alguma guerra, foi em 2006.
Foi um ano em que corri atrás do prejuízo, de todas as formas possíveis. E que não deu em nada.
Mas, justiça seja feita, ainda foi um período de euforia, devido a todas as conseqüências dos acontecimentos de 2005.
Eis que surge 2007, com todas as esperanças renovadas, já que, em minha tola fé, achava que finalmente havia encontrado as armas para a luta iniciada em 2006. Ledo engano...quando o problema é só seu, você que se vire (esse egoísmo humano me enoja...por mais que eu saiba que existe e que já deveria ter me acostumado a ele, não consigo, apenas me irrito).
E é por isso que odeio profundamente depender de quem ou de qualquer sistema que seja. Nunca me senti tão incapaz, de braços amarrados como em 2007. E essa sensação é péssima...rezo para que tudo em minha vida, dependa só de mim, porque aí sim vou ter a certeza de que consigo dar continuidade à ela.
E nessa incapacidade, se instalaram a revolta, o desânimo e o tédio...nada muda, nada acontece.
Nesse meio tempo, minha capacidade de fuga mental nunca foi tão desesperadamente realizada através de nights, cinemas, bares, e qualquer outra forma de entretenimento e lazer...provavelmente, esse tenha sido o período em que menos fiquei em casa.
Como se não bastasse, para finalizar o ano, sentimentos já esquecidos e desejados por mim, surgem da pior forma possível.
De início, imaginei esses 3 anos como uma trilogia, mas logo percebi que não havia como ser, já que trilogias se baseiam na descoberta de um problema no primeiro momento, acarretando na luta contra o mesmo em seguida, para no terceiro e último momento, termos o prazer da vitória.
O que eu posso fazer é considerar 2005 como uma narrativa inicial, e 2006 como o início de tal trilogia, torcendo para que 2008 seja o final, com a minha vitória. Mas como não posso contar com isso, tenho que transformar o próximo ano em um período de movimento, de ação, como há um bom tempo não tenho. Não posso viver no marasmo de novo, não aguento. Tudo que eu quero, é que 2008 seja um ano completamente diferente...ou vai acabar virando a continuação mal feita de um filme que não pedia parte 2.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Do it!!!


Com diversas idéias ou habilidades

espera-se, pra fazer bonito

e nessa espera,

idéias são perdidas e

habilidades retraídas

O caminho é longo

cheio de curvas e cruzamentos

o tempo? quem sabe?

pode ser curto ou não

só saiba que ele deve ser a última das suas preocupações

e qual deve ser a primeira?

fazer com que as idéias não se percam

ou com que as habilidades não se retraiam

mas em nenhum momento pare

reduza, pegue um caminho mais longo, mas não pare

multas vão surgir, seguindo em frente ou não

elas sempre surgem

isso é a vida, afinal

mas não pare

o caminho nem sempre vai ser bonito

e quando não for, acelere

quando for, reduza e curta

mas não pare

porque quando chegar a hora de parar

você vai desejar acelerar

e aí, você vai perceber que motor não tem mais

e o melhor vai ser sua decisão final

se você vai deixar parar apenas

ou se vai deixar seguir na banguela.


ps: o engraçado da escrita é iniciar com uma idéia em mente e mudar completamente enquanto escreve...ficando bom ou não! opa, acabo de perceber que isso não vale só para a escrita...