Antes de mais nada, "obrigada" mãe e "obrigada" calor insuportável por mais esse momento de insônia!!!
Aliás que não sei se posso chamar de insônia...afinal, estou com sono mas não consigo dormir!!!
E como se não bastasse o calor ou o barulho que minha mãe faz aqui no quarto, pouco se importando com minha (já) quarta noite seguida sem dormir direito, pensamentos explodem em minha mente, todos desorganizados, não me deixando aproveitar ao menos um silêncio mental.
Já que é assim, levanta, liga o computador e tenta escrever alguma coisa.
Mas como escrever algo se minha mente está uma zona?!?!
Já que não tenho um tema definido, vou tentar fazer um balanço de 2007...afinal, é dia 31 de dezembro, e daqui a pouco começa toda aquela festa, como se, num passe de mágica, ao dar meia-noite, todos seus problemas fossem resolvidos ou esquecidos, e você teria a chance de começar uma coisa nova....uhhhh!!!! Me pergunto por que as pessoas não têm a capacidade de transferir toda essa energia pra 17 de março, por exemplo, ou outra data aleatória qualquer.
Bom, pelo menos os comerciantes e a "indústria" do turismo (mais uma vez: uhhhhh....grande merda esse turismo explorador de bosta) lucram com todo esse exoterismo do ano novo.
Enfim, desculpa o texto amargo e seco, mas no momento, não tenho nenhum motivo pra ser fofa ou doce.
É engraçado como toda minha euforia e alegria em relação a 2007 se diluiram agora no final do ano. Mais uma vez, culpa das minhas análises (quem manda não dormir?!?!)
Só agora percebo que 2007 não foi um ano novo pra mim...foi uma continuação de 2006, que por sua vez carregou todo o estigma de 2005 (e esse sim foi um ano novo)!
Enfim, para falar do meu 2007, tenho que voltar até 2005.
Nesse ano, vivi algumas das maiores mudanças que alguém poderia viver de uma só vez. Um ano extremamente movimentado, cheio de novidades, do jeito que eu gosto. Uma boa parte do que sou hoje se deve aos acontecimentos dessa época!!!
Óbvio que todos esses novos fatos tiveram suas conseqüências boas e ruins...e foi justamente a parte ruim que se fez presente em 2006. Disseram que 2008 vai ser o ano de marte, mas se eu vivi alguma guerra, foi em 2006.
Foi um ano em que corri atrás do prejuízo, de todas as formas possíveis. E que não deu em nada.
Mas, justiça seja feita, ainda foi um período de euforia, devido a todas as conseqüências dos acontecimentos de 2005.
Eis que surge 2007, com todas as esperanças renovadas, já que, em minha tola fé, achava que finalmente havia encontrado as armas para a luta iniciada em 2006. Ledo engano...quando o problema é só seu, você que se vire (esse egoísmo humano me enoja...por mais que eu saiba que existe e que já deveria ter me acostumado a ele, não consigo, apenas me irrito).
E é por isso que odeio profundamente depender de quem ou de qualquer sistema que seja. Nunca me senti tão incapaz, de braços amarrados como em 2007. E essa sensação é péssima...rezo para que tudo em minha vida, dependa só de mim, porque aí sim vou ter a certeza de que consigo dar continuidade à ela.
E nessa incapacidade, se instalaram a revolta, o desânimo e o tédio...nada muda, nada acontece.
Nesse meio tempo, minha capacidade de fuga mental nunca foi tão desesperadamente realizada através de nights, cinemas, bares, e qualquer outra forma de entretenimento e lazer...provavelmente, esse tenha sido o período em que menos fiquei em casa.
Como se não bastasse, para finalizar o ano, sentimentos já esquecidos e desejados por mim, surgem da pior forma possível.
De início, imaginei esses 3 anos como uma trilogia, mas logo percebi que não havia como ser, já que trilogias se baseiam na descoberta de um problema no primeiro momento, acarretando na luta contra o mesmo em seguida, para no terceiro e último momento, termos o prazer da vitória.
O que eu posso fazer é considerar 2005 como uma narrativa inicial, e 2006 como o início de tal trilogia, torcendo para que 2008 seja o final, com a minha vitória. Mas como não posso contar com isso, tenho que transformar o próximo ano em um período de movimento, de ação, como há um bom tempo não tenho. Não posso viver no marasmo de novo, não aguento. Tudo que eu quero, é que 2008 seja um ano completamente diferente...ou vai acabar virando a continuação mal feita de um filme que não pedia parte 2.